FÓRUM LISBOA
Aparentemente a Assembleia Municipal tentou fazer passar a "lei" que lhes permitiria dispor do Fórum Lisboa para seu uso exclusivo. Santana terá sido detido pela recusa da vereadora da cultura, M.Pinto Barbosa, que lembrou que estando o S.Jorge "em obras" (por assim dizer...) e estando firmados compromissos com diversos festivais e outras iniciativas, não seria uma boa ideia.
A coisa parece que ficou suspensa, por agora.
Relembro o agastamento dos membros da Assembleia, aquando da realização do Indie Lisboa (mais de 15.000 espectadores...) em serem "incomodados" no seu território. A organização teve de desmontar quase tudo, apagar os vestígios de que estava a acontecer um festival (interrompido um dia inteiro por causa destas aves raras) para que eles não "se perturbassem". Isto, num CINEMA PÚBLICO! Lá deixaram os motoristas dos mercedes e bmws (pagos com o nosso dinheiro, carros e motoristas) à espera, enquanto eles fingiam trabalho útil.
Agora voltam à carga. Tomar posse de um cinema com 400 lugares, além de várias salas e auditórios para se reunirem de vez em quanto.
Ao que pode chegar a prepotência e a pouca vergonha...
Caeiro, também aqui, é o mestre. Este blogue é mantido por Possidónio Cachapa e todos os que acham por bem participar. A blogar desde 2003.
30 de julho de 2005
29 de julho de 2005
GOD BLESS STUPIDITY
Quando a direita está no poder em portugal (sim, com minúscula) além de termos de aturar o Nuno Rogeiro e o camarada Delgado, ainda levamos com o mito de que a América é o top da civilização. Custava-me a perceber de onde viria esta ideia. Agora já sei...
Quando a direita está no poder em portugal (sim, com minúscula) além de termos de aturar o Nuno Rogeiro e o camarada Delgado, ainda levamos com o mito de que a América é o top da civilização. Custava-me a perceber de onde viria esta ideia. Agora já sei...
28 de julho de 2005
EM CHAMAS
Regresso da zona da Sertã, onde a família se viu a braços com um incêndio. Rodeados pelas chamas lutaram toda a noite para salvar a casa. Da estrada, os mirones e os bombeiros viam arder. "Desenrasquem-se que nós vamos para...", diziam do carro-tanque, a toda a brida, enquanto o fumo e o barulho do monstro cobriam o local. Nada de novo para as gentes do Pinhal. Agora olha-se para uma zona verde sabendo-se de antemão que mais ano menos ano alguém a terá mandado incendiar.
Está tudo negro e a cheirar a queimado no local onde ainda há pouco passeava com o cão. Já não há "mina" de água, nem raposas, coelhos ou pássaros. Algures no país haverá um madeireiro um pouco mais contente.
Os bombeiros, esses, passam pelas estradas, gritando Tinóni, Tinóni...
Regresso da zona da Sertã, onde a família se viu a braços com um incêndio. Rodeados pelas chamas lutaram toda a noite para salvar a casa. Da estrada, os mirones e os bombeiros viam arder. "Desenrasquem-se que nós vamos para...", diziam do carro-tanque, a toda a brida, enquanto o fumo e o barulho do monstro cobriam o local. Nada de novo para as gentes do Pinhal. Agora olha-se para uma zona verde sabendo-se de antemão que mais ano menos ano alguém a terá mandado incendiar.
Está tudo negro e a cheirar a queimado no local onde ainda há pouco passeava com o cão. Já não há "mina" de água, nem raposas, coelhos ou pássaros. Algures no país haverá um madeireiro um pouco mais contente.
Os bombeiros, esses, passam pelas estradas, gritando Tinóni, Tinóni...

24 de julho de 2005
BOMBING
Por todo o lado o cheiro dos explosivos. Em Londres, no Iraque... Ontem, em Sharm-El_Sheik. Para os que leram o B. and Mortimer o nome não será desconhecido. Para os que puderam mergulhar nos mares em frente à costa árida e rochosa ainda menos. Paredes verticais descem a pique, iluminadas por gorgónias e corais cérebro. Aqui e ali, as gigantescas e quase extintas esponjas crescem em tubo para a imagem da superfície. Com sorte, um tubarão-baleia passará como um navio por nós. Foi contra esta contemplação do mundo que os terroristas atacaram. Alguns julgam ir para o paraíso ao levarem consigo as vidas dos que trabalharam durante o ano inteiro para para ali chegar. Por mim, espero que vão todos ao encontro das 11000 virgens. De preferência, muito em breve.
ps: quantos egípcios ficarão sem trabalho com o medo provocado pelos atentados?
Por todo o lado o cheiro dos explosivos. Em Londres, no Iraque... Ontem, em Sharm-El_Sheik. Para os que leram o B. and Mortimer o nome não será desconhecido. Para os que puderam mergulhar nos mares em frente à costa árida e rochosa ainda menos. Paredes verticais descem a pique, iluminadas por gorgónias e corais cérebro. Aqui e ali, as gigantescas e quase extintas esponjas crescem em tubo para a imagem da superfície. Com sorte, um tubarão-baleia passará como um navio por nós. Foi contra esta contemplação do mundo que os terroristas atacaram. Alguns julgam ir para o paraíso ao levarem consigo as vidas dos que trabalharam durante o ano inteiro para para ali chegar. Por mim, espero que vão todos ao encontro das 11000 virgens. De preferência, muito em breve.
ps: quantos egípcios ficarão sem trabalho com o medo provocado pelos atentados?

22 de julho de 2005
CRÓNICAS DE SANTIAGO
Sem cedilhas e com poucos acentos...
A cidade cá está, flutuando na pedra. Peregrinos vejo poucos, mas muitos sao os que entram na catedral vestidos com filhos e sogras para tocar na cabeca do santo e ver de perto o altar-mor.
Santiago é a leveza e a pedra, o espírito dos que chegam e o bom acolhimento dos que cá estao.
Come-se o pulpo e os pimentos de padron, empurrados com Mencia ou Riojas... E fala-se. Muito. Na língua que nos atira para o cancioneiro e que lembra diariamente a Castela que a periferia nao pode ser um defeito de nascimento.
Em Santiago reencontra-se o melhor de cada português. Falo por mim.
Sem cedilhas e com poucos acentos...
A cidade cá está, flutuando na pedra. Peregrinos vejo poucos, mas muitos sao os que entram na catedral vestidos com filhos e sogras para tocar na cabeca do santo e ver de perto o altar-mor.
Santiago é a leveza e a pedra, o espírito dos que chegam e o bom acolhimento dos que cá estao.
Come-se o pulpo e os pimentos de padron, empurrados com Mencia ou Riojas... E fala-se. Muito. Na língua que nos atira para o cancioneiro e que lembra diariamente a Castela que a periferia nao pode ser um defeito de nascimento.
Em Santiago reencontra-se o melhor de cada português. Falo por mim.
15 de julho de 2005
DESISTIR É QUE ESTÁ A DAR
Conselho: vão à PT e peçam para rescindir o contrato do telefone.
Eles ligam-nos logo, para o telemóvel, oferecendo 50% de desconto no aluguer + chamadas grátis, entre muitas outras benesses, se mudarmos de ideias.
Estes administradores a 5000 contos por mês são mesmo nossos amigos :)
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THE HALF BLOOD POPE
O ex-cardeal Rat-Singer (actual Pepino XVI ou lá que raio de nome é que se lembrou...) acha que as aventuras do amigo Potter pervertem o espírito do cristianismo no sentido em que ele o entende.
Fico mais descansado. Estava com medo de andar a comprar alguma coisa perniciosa para a família.
O ex-cardeal Rat-Singer (actual Pepino XVI ou lá que raio de nome é que se lembrou...) acha que as aventuras do amigo Potter pervertem o espírito do cristianismo no sentido em que ele o entende.
Fico mais descansado. Estava com medo de andar a comprar alguma coisa perniciosa para a família.

14 de julho de 2005
APAGUEI UM POST
porque não valia a pena. Quem é que em Portugal liga ao tráfico de influências? Como é que se prova, quando os governantes se escudam nas respostas dos assessores? Como é que se distingue entre o voluntarismo de um secretário de estado e o cumprimento (interpretativo) da lei?
E, sobretudo, quanto vale um lobby, no reino da luta pelos centavos?
Apaguei um post, porque não vale a pena.
Portugal está a deixar de valer a pena.
ps: vêm-me à cabeça as palavras de Agostinho da Silva: "Estou agradecido a Portugal por me ter mandado embora. Se não fosse isso eu não teria conhecido o que conheci ou aprendido o que aprendi".
porque não valia a pena. Quem é que em Portugal liga ao tráfico de influências? Como é que se prova, quando os governantes se escudam nas respostas dos assessores? Como é que se distingue entre o voluntarismo de um secretário de estado e o cumprimento (interpretativo) da lei?
E, sobretudo, quanto vale um lobby, no reino da luta pelos centavos?
Apaguei um post, porque não vale a pena.
Portugal está a deixar de valer a pena.
ps: vêm-me à cabeça as palavras de Agostinho da Silva: "Estou agradecido a Portugal por me ter mandado embora. Se não fosse isso eu não teria conhecido o que conheci ou aprendido o que aprendi".
12 de julho de 2005
BRASIL 3
No aeroporto de Lisboa, Catarina Furtado recebe-nos com uma altivez estudada, no cartaz publicitário. Ao lado, um outro produto, uma outra cara que não sorri.
Não sei como, mas tornámo-nos num país de arrogantes.
Numa pequenina bosta, de forma rectangular, que fecha fronteiras e se imagina importante por ter as moscas a voar em volta.
É só empurrar as malas até às Partidas, onde os taxistas não nos batem nem nos insultam, e estamos quase em casa.
Em casa, para partir.
No aeroporto de Lisboa, Catarina Furtado recebe-nos com uma altivez estudada, no cartaz publicitário. Ao lado, um outro produto, uma outra cara que não sorri.
Não sei como, mas tornámo-nos num país de arrogantes.
Numa pequenina bosta, de forma rectangular, que fecha fronteiras e se imagina importante por ter as moscas a voar em volta.
É só empurrar as malas até às Partidas, onde os taxistas não nos batem nem nos insultam, e estamos quase em casa.
Em casa, para partir.
BRASIL 2
Por toda a parte junto ao mar, lagoas e dunas o povo faz pela vida. "Quer espetinho? Refrigerante? Fazer aerobunda...? Não há melhor: tente que vai querer repetir".
Os homens movem-se por saberem que se pararem vem a miséria. De cima não virá nada, quanto muito notícias de um novo mensalão. O povão tem de ganhar o seu próprio feijão.
Por todo o lado o país enorme, a denunciar um potencial que por aqui nem se sonha.
"Já tentou a esquibunda? Olhe que vai gostar!".
Tieta passeia-se de mão dada com o fantasma de Jorge Amado. Em baixo, o mar verde.
Por toda a parte junto ao mar, lagoas e dunas o povo faz pela vida. "Quer espetinho? Refrigerante? Fazer aerobunda...? Não há melhor: tente que vai querer repetir".
Os homens movem-se por saberem que se pararem vem a miséria. De cima não virá nada, quanto muito notícias de um novo mensalão. O povão tem de ganhar o seu próprio feijão.
Por todo o lado o país enorme, a denunciar um potencial que por aqui nem se sonha.
"Já tentou a esquibunda? Olhe que vai gostar!".
Tieta passeia-se de mão dada com o fantasma de Jorge Amado. Em baixo, o mar verde.
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